A dengue este ano assustou o Brasil inteiro. No caso de alguns municípios, a situação ficou fora de controle. Em Passos, os números mostram que a cidade está em estado de alerta. O que levou a tal situação é um somatório de fatos que, agora, devem ser analisados para que no próximo ano, isto não aconteça mais.
Em primeiro lugar, é preciso estabelecer um elo permanente com a comunidade. Sem uma presença mobilizadora em torno do assunto, o combate toma rumo burocrático, com os moradores entendendo a rotina dos agentes da Zoonose como a única coisa importante para o combate do mosquito Aedes aegypti. Esse pensamento leva todos a uma acomodação perigosa.
Não se trata aqui de transferir para a população a responsabilidade pela epidemia. Nem dizer que os agentes não cumpriram o seu papel. Ao contrário, o que faltou foi uma ação mais atuante em favor do combate permanente, afinal, o mosquito se cria em ambientes urbanos, em residências, oficinas, terrenos baldios, descuidados, locais em que deixaram de dar vazão a água limpa e parada, o habitat natural das larvas do mosquito.
Mesmo os governos federal e estadual não estavam prontos para o combate. Tanto que as iniciativas foram surgindo ao longo do processo.
No entanto, precisamos tirar lições daquilo que acontece diante dos nossos olhos. O clima não segue mais as ocorrências das chamadas quatro estações. As chuvas, às vezes, faltam outras vezes sobram, mas o calor nunca é escasso, e o frio intenso é ocasional. Então, o tratamento às chamadas doenças tropicais precisa e deve ser permanente.
Para isso, as prefeituras devem ser incentivadas a propor e realizar políticas públicas de combate permanente à dengue e à Influenza (H1N1), ainda mais que para dar conta desse recado, o trabalho não pode deixar de contar com o apoio e contato direto com a comunidade.
Esta seria a única saída para que, de repente, não nos vejamos de novo no olho do furacão no ano que vem.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
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