A Educação é um tema prioritário na agenda de qualquer político. É impossível pensar numa sociedade mais justa, onde haja desenvolvimento aliado à inclusão social, se aqueles que estão na vida política não olhar para a educação com a importância que ela merece.
Como filho de professora, que também foi a primeira diretora da Superintendência Regional de Ensino, Aleida Maia Lemos, desde cedo acompanho as demandas da classe. Hoje fico preocupado ao analisar a situação em que se encontra a educação de Minas Gerais. A paralisação dos professores da rede estadual de ensino, de 48 dias, mostrou como é o canal de diálogo entre o governo do estado e os representantes da classe.
A greve é a última instância de negociação. Se os professores tiveram que parar suas atividades para só assim chamar a atenção do governador e de seus representantes na Assembléia Legislativa, é porque esta foi à única forma que encontraram para sensibilizar o governo quanto às demandas da classe.
É inadmissível que um professor da rede estadual ganhe menos de dois salários mínimos e tenha um reajuste menor que 10%, enquanto que o Estado nos últimos oito anos passou seu orçamento de R$ 11 bilhões para R$ 27 bilhões, um acréscimo de cerca 150 %. Este descaso é similar com o ensino superior, já que até hoje a Universidade do Estado de Minas Gerais existe só no papel, enquanto que estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná já têm suas universidades estaduais.
O cenário da educação em Minas é preocupante, e assim como outras áreas, os avanços na educação não foram tão satisfatórios para os que nela estão envolvidos, no caso, professores e alunos. Em contrapartida, o governo tenta mostrar em suas propagandas e balancetes uma imagem totalmente equivocada.
Durante meu mandato como deputado federal, procurei atender as reivindicações dos professores sempre que fui chamado. Participei de varias reuniões em toda a região, me coloquei à disposição para ouvir as demandas do setor e tentei identificar como poderia defender os interesses da classe.
Trago no meu currículo a implantação da universidade aberta em Alterosa, que agora chega a Passos. Considero a implantação dessa metodologia de ensino, numa cidade pólo como Passos, a iniciativa fundamental para que se tenha uma universidade federal pública e gratuita, caso não se consiga viabilizar a UEMG como uma unidade em Passos, já que este caminho é o mais curto para viabilizar um sonho que nasceu na Constituinte Mineira, foi encampada por Passos e região, mas até hoje não saiu do papel.
Um dos pontos que defendo é que os professores da região sejam ouvidos sobre a escolha do superintendente regional de ensino. Uma consulta aberta, como se faz com as direções das escolas estaduais. O mérito maior dessa iniciativa está em que se travará um bom debate sobre o que a região precisa em termos de formação educacional . A ação da direção da superintendência será pelo atendimento da demanda dos que precisam da educação e não do político de plantão no momento. Sem dúvidas estaríamos quebrando paradigmas e modernizando a relação entre os atores sociais na área educacional.
Como deputado estadual, acredito que poderei trabalhar diretamente junto ao
próximo governador para que os educadores recebam o respeito que merecem. Aceito sugestões dos amigos que freqüentam este espaço para o que mais pode ser feito pela educação e pela valorização dos professores de nosso estado.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
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