Estamos ainda a seis meses das eleições gerais de outubro, mas desde já, a discussão em torno dos projetos políticos começam a tomar conta das análises e rodas de discussão, embora seja necessário frisar que o tema não empolga o eleitorado, como bem demonstram as mais recentes pesquisas.
Por outro lado, é importante para quem tem atuação e militância, que não fuja ao tema e coloque seu ponto de vista com transparência. É o que farei neste texto, como militante do PMDB e avaliando uma aliança que foi feita no Brasil e colocou o país em destaque, não por acaso, mas em razão do desenvolvimento social e da distribuição renda que levou milhões de pessoas abaixo da linha pobreza a se inserirem no tecido social produtivo brasileiro.
Há uma idéia de que o governo Lula, alicerçado na aliança histórica PMDB/PT e outros partidos, deu sequência ao governo anterior de FHC. Isto não é verdade. Fernando Henrique, PSDB e DEM, implantaram no país uma política monetária que ajudou no controle da inflação, é preciso reconhecer, mas daí para a frente, que o foco foi o econômico e o privilégio para o capital no lugar do social.
A política de desenvolvimento social implantada por Lula, no contexto da aliança que dá sustentação ao governo federal, tirou milhões de pessoas da linha da pobreza e transformou o Brasil num canteiro de obras, além de estímulo ao consumo, aquecendo a produção, gerando empregos, que bateram recordes na atual gestão, melhorando a qualidade de vida da nação, acrescentando renda ao bolso das classes D e E, sem causar prejuízos significativos à classe A.
Em 2010 esses dois projetos vão se confrontar. Do lado de cá, vai estar Dilma, que já mostrou sua capacidade gerencial e velozmente ganha contornos de líder política, seguindo os passos de Lula.
Mas é certo que para ser eleita precisa de alicerces em todos os Estados. No caso, vou me ater a Minas Gerais.
Aqui em Minas, Dilma Roussef conta com aliados fortes, tanto no PT (Fernando Pimentel e Patrus Ananias), como no PMDB (Hélio Costa) e no PRB (José Alencar). Mas é necessário saber administrar este quadro para que a força política exposta nele não se dilua e seja usada toda em favor de uma provável candidatura de Dilma.
É normal a movimentação de afirmação em torno de prováveis candidaturas, como recentemente fizeram Pimentel e Patrus, selando acordo para que o PT lance um nome para concorrer ao governo.
O cenário pesquisado, porém, não favorece este raciocínio, já que Hélio Costa lidera todas as pesquisas de opinião com larga folga. O que se recomenda é calma, juízo e capacidade de articulação.
Se o bom senso prevalecer, que acredito que irá ocorrer, Hélio Costa será sacramentado candidato ao governo de Minas, com um vice do PT e José Alencar para o senado. Esta composição garante a continuidade de um projeto desenvolvimentista, que teve início há oito anos, com a primeira eleição de Lula para presidente.
terça-feira, 30 de março de 2010
sábado, 27 de março de 2010
SAMU chega a região
O SAMU 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é um projeto criado pelo governo federal em 2003, que consiste no atendimento médico móvel emergencial. Quando exerci o mandato de deputado federal, me deparei com ele, e o mais importante, com a possibilidade de vê-lo implantado em Passos e na região.
Trata-se de um sistema formado por uma central de regulação, uma UTI móvel e outras ambulâncias equipadas para prestar os primeiros socorros, chamadas ao uso de acordo com a necessidade.
O SAMU exige uma equipe multiprofissional, com médicos, paramédicos e enfermeiros, que dão sustentação ao programa. Acreditei que o projeto era viável e que a nossa região merecia. Nem se trata de avaliar o custo/benefício porque vidas salvas não podem ser avaliadas pelo critério de custo, mas sim, pela capacidade de suportar financeiramente o projeto, e isto, todas as prefeituras têm.
Quando o prefeito José Hernani assumiu a ideia e a colocou no seu programa de governo, vi uma grande chance de retomar o projeto, já que havia a sensibilidade política que faltou outrora para que o SAMU viesse a ser a realidade que é hoje.
Além disso, a decisão do governo em vincular as Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) ao SAMU contribuiu muito para que mais portas pudessem ser abertas e que trilhássemos um caminho com menos obstáculos, mas não completamente sem eles.
Segui a risca a tarefa da qual fui incumbido pelo prefeito José Hernani de trazer o SAMU de volta para Passos e região. Não descansei. Procurei articular as dezessete cidades que se propuseram a assumir a vinda deste serviço para a nossa região.
A última quinta-feira, 25 de março, representou uma data muito importante para o setor de Saúde na região. Em Tatuí/SP, o presidente Lula distribuiu 650 viaturas do SAMU, sendo dez para a benefício do nosso Sudoeste mineiro. No meu caso, a sensação foi de felicidade e de dever cumprido. De ter contribuído para que tenhamos aqui um serviço de atendimento de emergência de primeiro mundo, e que a toda hora vemos nas ruas das principais cidades brasileiras.
Trata-se de um sistema formado por uma central de regulação, uma UTI móvel e outras ambulâncias equipadas para prestar os primeiros socorros, chamadas ao uso de acordo com a necessidade.
O SAMU exige uma equipe multiprofissional, com médicos, paramédicos e enfermeiros, que dão sustentação ao programa. Acreditei que o projeto era viável e que a nossa região merecia. Nem se trata de avaliar o custo/benefício porque vidas salvas não podem ser avaliadas pelo critério de custo, mas sim, pela capacidade de suportar financeiramente o projeto, e isto, todas as prefeituras têm.
Quando o prefeito José Hernani assumiu a ideia e a colocou no seu programa de governo, vi uma grande chance de retomar o projeto, já que havia a sensibilidade política que faltou outrora para que o SAMU viesse a ser a realidade que é hoje.
Além disso, a decisão do governo em vincular as Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) ao SAMU contribuiu muito para que mais portas pudessem ser abertas e que trilhássemos um caminho com menos obstáculos, mas não completamente sem eles.
Segui a risca a tarefa da qual fui incumbido pelo prefeito José Hernani de trazer o SAMU de volta para Passos e região. Não descansei. Procurei articular as dezessete cidades que se propuseram a assumir a vinda deste serviço para a nossa região.
A última quinta-feira, 25 de março, representou uma data muito importante para o setor de Saúde na região. Em Tatuí/SP, o presidente Lula distribuiu 650 viaturas do SAMU, sendo dez para a benefício do nosso Sudoeste mineiro. No meu caso, a sensação foi de felicidade e de dever cumprido. De ter contribuído para que tenhamos aqui um serviço de atendimento de emergência de primeiro mundo, e que a toda hora vemos nas ruas das principais cidades brasileiras.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Ponte para o desenvolvimento
Já dizia o estadista que o progresso se faz com a construção de estradas. Elas não ligam dois pontos, nem municípios apenas. Elas aproximam as pessoas. E o ser humano carrega, junto com a bagagem, experiências, tecnologias, iniciativas, recursos, sonhos e vontade de trabalhar.
A Ponte de Integração Deputado Tristão da Cunha, nossa conhecida ponte Passos/Glória, vai facilitar este trânsito. Ela liquida um velho meio de transporte, a travessia do lago por balsa, e estende as fronteiras para além da Serra da Canastra.
A ponte é a remoção da pedra no meio do caminho da BR-146, para ficar na expressão poética de Carlos Drumond de Andrade.
Essa rodovia liga a nossa região à Brasília, atravessa o triângulo mineiro por chão de Minas e faz o link da região mais rica do Brasil, com um dos lugares mais belos do País, com cachoeiras, e montanhas.
A BR-146 tem que ser olhada com este prisma. Existem estradas que encurtam o nada para o lugar nenhum e, pode se dizer até que elas precisam ser construídas dentro de um contexto regional, mas não se pode fazer estas estradas sem que se valorize a visão macro, que nos insira no cenário de desenvolvimento do País.
Por isso, acredito que a ponte, que será inaugurada em 26 de março, tem uma importância que extrapola a simples travessia do lago da Usina Mascarenhas de Moraes. Tive orgulho de estar no momento em que sua construção foi anunciada pelo governador Aécio Neves, quando em 2006, na sua campanha para a reeleição, disse que o faria dentro do Parque de Exposição Adolpho Coelho Lemos.
É esta ponte que vai acelerar o processo de finalização da BR-146, porque de nada adianta fazer uma obra dessa magnitude e a história ficar interrompida no meio do caminho. E o mais estranho é que meio do caminho já está pronto.
Creio que um passo definitivo está sendo dado para que a BR-146 venha ser concretizada. Enquanto deputado federal, trabalhei muito para que ela se tornasse uma realidade, mas agora as coisas estão melhor pavimentadas e vejo a ponte prestes a ser inaugurada como um elo do desenvolvimento, vindo da região mais rica do País e indo para o centro nevrálgico do Brasil.
É um marco histórico, que poucos acreditavam um dia ver construído, da mesma forma como hoje poucos enxergam o desenvolvimento que ela poderá proporcionar a região. É algo que merece mesmo comemorações e todos os elogios feitos.
A Ponte de Integração Deputado Tristão da Cunha, nossa conhecida ponte Passos/Glória, vai facilitar este trânsito. Ela liquida um velho meio de transporte, a travessia do lago por balsa, e estende as fronteiras para além da Serra da Canastra.
A ponte é a remoção da pedra no meio do caminho da BR-146, para ficar na expressão poética de Carlos Drumond de Andrade.
Essa rodovia liga a nossa região à Brasília, atravessa o triângulo mineiro por chão de Minas e faz o link da região mais rica do Brasil, com um dos lugares mais belos do País, com cachoeiras, e montanhas.
A BR-146 tem que ser olhada com este prisma. Existem estradas que encurtam o nada para o lugar nenhum e, pode se dizer até que elas precisam ser construídas dentro de um contexto regional, mas não se pode fazer estas estradas sem que se valorize a visão macro, que nos insira no cenário de desenvolvimento do País.
Por isso, acredito que a ponte, que será inaugurada em 26 de março, tem uma importância que extrapola a simples travessia do lago da Usina Mascarenhas de Moraes. Tive orgulho de estar no momento em que sua construção foi anunciada pelo governador Aécio Neves, quando em 2006, na sua campanha para a reeleição, disse que o faria dentro do Parque de Exposição Adolpho Coelho Lemos.
É esta ponte que vai acelerar o processo de finalização da BR-146, porque de nada adianta fazer uma obra dessa magnitude e a história ficar interrompida no meio do caminho. E o mais estranho é que meio do caminho já está pronto.
Creio que um passo definitivo está sendo dado para que a BR-146 venha ser concretizada. Enquanto deputado federal, trabalhei muito para que ela se tornasse uma realidade, mas agora as coisas estão melhor pavimentadas e vejo a ponte prestes a ser inaugurada como um elo do desenvolvimento, vindo da região mais rica do País e indo para o centro nevrálgico do Brasil.
É um marco histórico, que poucos acreditavam um dia ver construído, da mesma forma como hoje poucos enxergam o desenvolvimento que ela poderá proporcionar a região. É algo que merece mesmo comemorações e todos os elogios feitos.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Depende de nós
Amigos, pretendo a partir de agora usar a internet para efeito de comunicação. Ela que permite a interação e possibilita que nossas ideias e pontos de vista sejam debatidos, confrontados, analisados e ampliados, através de uma rede que é virtual, mas real e instantânea. Essa é uma forma que percebemos a importância das teses que defendemos. Lanço, então, o meu blog, espaço para qual convido a todos que pensam a nossa região, incrustada entre montanhas, Serra da Canastra, banhada pelas águas do Rio Grande, para participarem da elaboração de temas e de propostas que melhorem de forma significativa a qualidade de vida de nosso povo.
Se por um lado, o Sul de Minas Gerais (inclusive o Sudoeste) é uma região rica, ainda assim, carece de muita coisa que depende de nossa intervenção como cidadão para que vire realidade.
Cito, para exemplificar, a BR-146, uma das poucas rodovias federais que não é complementada e tem sua obra inconclusa exatamente pela falta ressonância dos municípios - representados pela Ameg e Câmaras de Vereadores - junto aos deputados, que têm por obrigação trabalhar em prol deste problema. Se todos estivessem engajados, fariam a coisa acontecer.
A força política em Brasília, que eventualmente vira as costas para interesses que seriam comuns ao nosso contexto regional, incluindo o sul e o sudoeste de Minas, faz isso porque no lugar de ser pressionada, é bajulada.
As lideranças se comprometem com pouco e deixam escapar o essencial.
A BR-146 encurta distâncias entre nós, facilita o acesso de paulistas a esta região serrana, de espetacular beleza. Permite a exploração sustentável do turismo e alavanca a chamada indústria branca.
Será que os que hoje estão exercendo mandato não enxergam isso?
Claro que sim. E não me venha com a desculpa de que não podem fazer porque não são da base de sustentação do governo federal. Pura balela. As obras, com recurso federal, acontecem bem debaixo do nariz da cidade de suas origens.
O que ocorre é que querem alimentar uma rivalidade tola entre as duas maiores cidades da região, quando deveríamos pensar em gente, e menos em território, porque tanto em uma como na outra, existem pessoas com carências básicas na educação, saúde, infra-estrutura, lazer e cultura.
Bem que podíamos cuidar de elaborar Arranjos Locais de Desenvolvimento (ALD), como preconiza o SEBRAE, no lugar de envidar esforços para manter uma “briga” de rivalidade que apenas nos distancia de um futuro que merecemos ter de prosperidade e força política, já que nós mesmos cuidamos de esfacelar esta força.
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